A presença franciscana nas periferias pautou o encontro regional

Partir ao encontro do diferente com respeito, interesse e atenção, num espírito de compreensão e diálogo é próprio do carisma franciscano. Eis nossa missão para os anos vindouros.

Precisamos estar dispostos a "escutar, discernir e sair".

Texto: Frei Rodrigo José Silva, ofm
Fotos:
 Frei João Mannes, ofm

Na última segunda-feira, dia 13 de março, a Fraternidade Franciscana São Boaventura reuniu novamente frades que compõe o regional local, ao todo fizeram-se presentes 35 frades.

No período da manhã após um momento de oração organizado por frades estudantes, foi feita a leitura da ata referente ao último encontro realizada por frei Adriano Freixo Pinto, seguida da apresentação dos novos membros desta casa formativa.

 
Dando sequência, frei Valdir Laurentino que dirigiu o encontro, apresentou-nos o subsídio elaborado pela Cúria Geral da Ordem dos Frades Menores, intitulado “Frades e menores rumo às periferias”, documento de traça as linhas guias do Definitório Geral para animação nos anos de 2018 e 2019. O Conselho Plenário da Ordem aponta três verbos que deverão direcionar as orientações e escolhas da Ordem pelos próximos anos, a saber: “escutar, discernir e sair”.

Neste contexto, e por ocasião do Sínodo episcopal para a juventude celebrado no ano corrente, iniciou-se oportuna discussão acerca da aproximação com os jovens. Quais esforços estão sendo feitos no sentido de melhor compreender suas necessidades, seus anseios, sua linguagem, sua busca por identidade, bem como os conflitos e dificuldades próprios de seu universo? Qual o nosso papel? O que estamos oferecendo, tem sido satisfatório? Nossa participação é efetiva? Frutuosa?

Ainda dentro do tema introduzido ao encontro regional, foi abordado a celebração dos oitocentos anos do encontro de São Francisco com o Sultão al-Malik al-Kamil, em Damieta. Tal evento nos remete ao diálogo ecumênico, inter-religioso e até mesmo interno, entre as diferentes correntes e movimentos dentro da fé Católica. Como promover o encontro, o estreitamento de laços, a quebra dos preconceitos e a busca de uma maior sintonia entre visões divergentes, no interesse mútuo da implantação de uma cultura de paz e harmonia, pautada pelo respeito ao diferente.

As participações dos freis João Mannes, Jean Ajluni, Alexandre Magno, Heitor Cella, Adriano Freixo Pinto, Vagner Sassi, Valdir Laurentino, entre outros, ajudaram a delinear as discussões, cada qual colocando sua visão sobre o tema, além da partilha de iniciativas que tiveram e estão tendo êxito neste sentido.

Dirigimos a Deus nossas preces para que tais discussões frutifiquem concretamente nos anos vindouros, de modo que possamos, dentro da realidade na qual estamos inseridos, continuar sendo sinal escatológico, presença viva e atuante, resposta eficaz aos diversos questionamentos da atualidade, partindo ao encontro do diferente, de modo desapegado, acolhedor, inclusivo, realmente fraterno, transparecendo assim nossa identidade franciscana que ao longo dos séculos bem soube semear a Paz e o Bem.