A linguagem de Deus Criador e os dois mundos

A linguagem de Deus Criador e os dois mundos

 

Ó Deus Pai Criador, Deus Filho, Deus Espirito Santo e Maria Santíssima mãe dos três. Sei que o Deus criador não vai sentir-se humilhado porque eu chamei Maria Santíssima de Sua Mãe. Inspirai-me para narrar dignamente linguagem pedagógica, sociológica do Deus Criador. Em relação ao mundo a partir da visita da Jesus Cristo seu Filho a casa de Maria e Marta.
Jesus precisava da presença de Maria para lhe acompanhar e lhe fazer sala, precisava de Marta para fazer o almoço, porque quando chegasse ao meio dia a sua barriguinha ia roncar logo ia precisar de comer. Aí o Senhor mostra os dois mundos, caminhando juntos o mundo do Espirito e o mundo objeto, o mundo humano.

O mundo do espirito é o mundo subjetivo rangido pelo psiquismo, o mundo da contemplação, da oração, da fé, o mundo sobrenatural, o mundo da Jerusalém Divina, a morada de Deus Criador que eu origem a todas as coisas. Por isso Deus usou maria como representante do mundo natural. Categoricamente o Senhor diz: “meu Espirito vive de Oração, mas o meu corpo vive de alimente, carne, arroz, feijão, legumes, verdura e água etc.” 


Vemos lá no deserto toda aquela multidão que estava lhe acompanhando, Jesus humanamente percebeu que eles estavam com fome e havia um menino com alguns pãezinhos e uns peixinhos. E ele tomou os pãezinhos e peixinhos e fez a multiplicação, saciou todos e ainda sobrou. Vemos aí o mundo divino se preocupando com o mundo humano, o mundo subjetivo e o mundo objetivo caminhando juntos. Vemos a preocupação de Maria, Mãe de Jesus lá nas bodas de Canaã da Galileia, chega a Jesus e diz: “Eles não têm mais vinho”, e numa festa daquele porte não podia faltar vinho. Vemos a preocupação com o mundo social é o jogo do mundo subjetivo e o mundo objetivo. Dando a entender que os dois mundos dependem um do outro, que os dois mundos estão conectados. Por isso o mundo subjetivo não é tropeço, não é empecilho, para o progresso, um depende do outro para sobreviver. Por isso Jesus usou Marta como representante do mundo do progresso, do trabalho, da técnica, etc.

Hoje vemos o cenário criminológico que se estende na face do universo, sintetiza o homem na luta pelo pão de cada dia. Ou seja o mundo numa velocidade retilínea, uniforme, acelerada, sintetiza o homem na luta pelo pão de cada. É um convite as ciências humanas e as ciências reais sentar-se a mesa e tratar do assunto. É a Jerusalém humana com saudade da Jerusalém divina que um dia todos serão arrebatados à casa do pai Criador.

Ainda falando do Pão de cada dia Jesus Cristo fez esta leitura com tanta precisão que deu o seu corpo como comida e o seu sangue como bebida. E assim ele não deixou a Jerusalém órfã. Porque todo o sofrimento de Jesus no Horto das Oliveiras, o motivo era que ele não queria deixar a Jerusalém órfã. Jesus sofreu paixão e compaixão naquele abandono absoluto.
Naquele momento ele via o passado o presente e o futuro desfilando diante de seus olhos como uma fita cinematográfica. Ele viu todos os problemas que nos atingem hoje, ele estava vendo naquela hora o sofrimento da humanidade. E o Pai na sua mais alta compreensão pedagógica e psicológica divina percebe que o Filho estava sofrendo e era por causa da sua cria, ou seja, a humanidade.

Ele tomou a decisão, “tu vens porque já chegou a minha hora de subir junto de mim. Mas tu ficas através da Eucaristia”. Foi neste exato momento que nasceu o sacerdote. O sacerdote que representa o Cristo Eucarístico aqui na Jerusalém terrestre.

Por isso o sacerdote não é status, não é casta social, não é poder. O sacerdócio é uma missão. Ele é uma porta Cristo que dá a continuação de Cristo aqui na Jerusalém terrestre, ou seja, Jerusalém humana.

Frei Estevam Gomes Pereira (Frei Estevinho)